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CONTERRÂNEA DO REI ROBERTO CARLOS, FUNCIONÁRIA PÚBLICA, EXTROVERTIDA, FASCINADA PELO NOVO... AMO A VIDA... POSSO DIZER QUE SOU FELIZ!!!!

sábado, 10 de setembro de 2011

ANIMAL NÃO É BRINQUEDO...




                                                                           ORAÇÃO DE UM CÃO ABANDONADO

Sabe “Senhor”. Só agora entendi porque meu dono me trouxe á praça naquele dia Não foi para passear, como pensei; ele não tinha esse habito, mas mesmo assim fiquei contente. Logo que chegamos, ele me deu as costas e, apressado entrou no carro, sem ao menos me dizer adeus. Olhei para os lados, sem saber o que fazer. Tentei segui-lo quase fui atropelado.
O que eu fiz de tão mal? Á noite, quando ele chegava, eu abanava o rabo, feliz, mesmo que ele nem viesse ao quintal me ver. Às vezes, eu latia, mas era porque havia estranhos no portão e eu não podia deixá-los entrar sem a permissão do meu dono. Quem sabe foi minha dona que mandou talvez eu desse  trabalho. Mas as crianças, elas me adoravam. Como sinto saudades! Puxavam-me a cauda e eu virava uma fera, mas logo passava. Talvez ele nem soubesse. Devem ter dito que eu fugi.
Estou faminto, só bebo água suja e todos me desprezam. Estou magro, feio e doente. Sabe “Senhor”, neste cantinho que arrumei para passar a noite, sinto muito frio, o chão este úmido e quase não tenho pelos. Creio que vou me encontrar contigo ai no céu, meu sofrimento vai terminar e mesmo em espírito, sei que vou ter a tua permissão para rever as crianças.
Peço-te então, não mais por mim, mas pelos meus irmãos abandonados. Ajuda-os a encontrar um lar onde possam viver com um pouco de dignidade. Ameniza-lhes o frio e a fome. Divide entre eles o amor que me foi tirado. Mata-lhes a sede com a tua bondade.
Elimina o sofrimento de suas chagas, ocasionadas pela ignorância e a insensibilidade do coração do homem. Tire o medo e a dor dos que forem sacrificados em nome de estratégias sanitárias, posturas políticas, Científicas, esportivas e outras. Ampara as fêmeas prenhes abandonadas, que verão suas crias morrerem ou serem mortas, sem nada poderem fazer.
Abranda, “Senhor”, a tristeza e a solidão dos que como eu foram traídos, pois entre todos os males, foi esse o que mais doeu.
Recebe, ó “Pai”, nesta noite gélida, a minh’alma, pois não será mais meu sofrimento, mas dos que ficarem; por eles é que te peço. “Obrigado, Meu Deus, pelos momentos de felicidade que eu tive!”
(Dedicado a todas as pessoas que “ainda” não aprenderam a respeitar e amar os animais)

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